Sínodo 2021-2023: comunhão, participação e missão

Esta semana, foi dado o pontapé inicial no Sínodo 2021-2023. Sob o tema “Por uma Igreja Sinodal: Comunhão, participação e missão”, esta edição terá um formato inédito, que visa garantir a participação de todo o povo de Deus.  Segundo a Secretaria Geral do Sínodo dos Bispos, “o percurso para a celebração do Sínodo será dividido em três fases, entre outubro de 2021 e outubro de 2023, passando por uma fase diocesana e outra continental, que dará vida a dois instrumentos de trabalho diferentes distintos, antes da fase definitiva, ao nível da Igreja universal”.

Na primeira etapa, que começa ainda este mês e se estende até abril de 2022, será feita a escuta dos fiéis em cada diocese, nas Igrejas particulares. O resultado do processo diocesano deverá ser enviado às conferências episcopais para consolidação e análise. Na sequência, haverá um momento alargado ao âmbito continental. A culminância desse trabalho acontecerá com a Assembleia dos Bispos no Vaticano em 2023.

A proposta retoma a etimologia da palavra “sínodo”, que significa “caminhar junto”. A ideia é que, ao longo dos próximos dois anos, todos os homens e mulheres que compõem a Igreja, sejam fiéis ou pastores, possam, juntos, ouvir o Espírito Santo. Para o papa Francisco, a sinodalidade é este percurso ao fim do qual a Igreja poderá ser renovada pela ação do Espírito, com a contribuição de todos. 

Na prática, o que o pontífice propõe é que os bispos olhem menos para a estrutura clerical e mais para experiências pessoais, testemunhos e boas práticas que estão dispersas pelas paróquias do mundo inteiro, a fim de fazer a Igreja sempre mais missionária e fraterna.

Isto se reflete na logomarca do Sínodo 2021-2023. Uma grande árvore, sinal de vitalidade e esperança e que lembra a cruz de Cristo, atinge o céu. Os ramos horizontais se abrem como mãos ou asas e remetem ao Espírito Santo. Sobre a árvore, está a Eucaristia, que brilha como o sol. E junto dela, está o posto de Deus em marcha: 15 diferentes silhuetas que simbolizam a humanidade em sua diversidade de situações de vida, gerações e origens. O bispo e a freira não estão à frente dos demais, mas entre eles. Não há hierarquia entre essas pessoas que estão todas no mesmo nível: jovens, velhos, homens, mulheres, adolescentes, crianças, leigos, religiosos, pais, casais, solteiros, deficientes. Estão todos juntos na vivência da fé.

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