Quando surgiram os bancos das igrejas?

Hoje, em praticamente todas as igrejas do Brasil, vemos bancos ou, em alguns casos, cadeiras, para acomodar os fiéis durante as orações e celebrações eucarísticas. No entanto, seu uso é um hábito relativamente recente e, embora muito difundido entre os católicos romanos, não teve origem no Catolicismo. 

Desde a igreja primitiva e por muitos séculos, os templos não tinham assentos e a assembleia permanecia em pé durante a Santa Missa. No período medieval, o altar ficava no centro da igreja e, no momento da homilia, os fiéis se aproximavam do púlpito para ouvir o sacerdote. Como ainda acontece nas igrejas ortodoxas, a liturgia previa a movimentação de todos durante a missa, inclusive do celebrante. 

A Reforma Protestante, ocorrida no século XVI, trouxe uma mudança de postura. Nas igrejas protestantes, o foco litúrgico passou a ser o sermão do pastor, que trazia a interpretação da Bíblia em discursos que muitas vezes eram bastante longos. Assim, a necessidade de acomodar a assembleia passou a ser imperiosa e os bancos começaram a ser inseridos aos poucos nas igrejas. 

Depois da sua expansão pela Europa central, a prática do uso dos bancos foi levada da Inglaterra para os Estados Unidos, onde começou a ser empregada também pela Igreja Católica.

A sua popularização foi paulatina, já que, na época, os bancos ainda eram muito caros. Em diversos locais, famílias mais abastadas compravam bancos para uso exclusivo dos seus integrantes. Mais tarde, quando passaram a ser instalados pela própria igreja, para obter uma renda extra, algumas delas alugavam os assentos aos fiéis. A prática de locação dos bancos chegou a ser autorizada pelo Terceiro Concílio de Baltimore.

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