Qual a forma ideal de rezar?

“O Francisco era de poucas palavras; e para fazer a sua oração e oferecer os seus sacrifícios, gostava de se ocultar até da Jacinta e de mim. Não poucas vezes o íamos surpreender, de trás duma parede ou dum silvado, para onde, dissimuladamente, se tinha escapado, de joelhos, a rezar ou a pensar, como ele dizia, em Nosso Senhor triste por causa de tantos pecados. Se lhe perguntava:

– Francisco, por que não me dizes para rezar contigo e mais a Jacinta?

– Gosto mais – respondia – de rezar sozinho, para pensar e consolar a Nosso Senhor que está tão triste”. (Memórias da Irmã Lúcia, pág 155).

É claro que não existe uma forma correta de rezar. A oração é algo muito pessoal. Há aqueles que preferem rezar em profundo silêncio e em isolamento, como o pequeno Francisco. Outras pessoas optam por uma música suave, tranquila, que ajude a “entrar no clima” da oração. Alguns fazem exercícios de respiração para começar, a fim de facilitar a concentração. Há quem goste mais de rezar em grupo, compartilhando seus sentimentos e suas percepções. 

Independentemente da forma escolhida, há algumas coisas que precisam estar presentes: intenção, humildade e entrega. 

Em primeiro lugar, é preciso desejar estar com Deus. Ninguém reza obrigado. É preciso querer profundamente compartilhar com o Senhor aquele instante, mesmo que sejam poucos minutos ou mesmo uma simples jaculatória. 

Em segundo lugar, é necessário postar-se humildemente diante do Pai, sabendo que Ele é grande em Seu Amor e em Sua Misericórdia, que nos conhece por inteiro, compreende nossas qualidade e nossos defeitos, entende nossos sonhos, desejos e frustrações e sabe o que é melhor para nós.

Por fim, é preciso entregar-se de corpo e alma àquele momento, aproveitar a companhia de Deus, sentir Sua força. O momento da oração é precioso e precisa ser aproveitado de forma integral, plenamente.

Quando direcionamos nossos pensamentos e nosso coração a Deus, não há como não sermos ouvidos. 

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