A Guarda Suíça do Vaticano, com suas características roupas coloridas e sua postura impecável, desperta muita curiosidade dos fiéis, que nem sempre conhecem sua história nem sua função.
O grupo foi formado em 1506, atendendo a um pedido de proteção feito pelo Papa Júlio II em 1503 a nobres suíços, que eram, na época, os mais famosos mercenários da Europa. Cento e cinquenta homens, tidos como os mais corajosos e bem preparados, foram selecionados em todos os cantões da Suíça. Atualmente, ela é responsável pela segurança do Papa e dos edifícios papais, mas não do Estado do Vaticano, e é composta por 100 homens.
Historicamente, a mais memorável ação da Guarda Suíça foi em 1567, quando as tropas de Carlos V de Habsburgo, em guerra com Francisco I, invadiram Roma. Em frente à Basílica de São Pedro, a Guarda Suíça lutou contra os soldados para proteger o papa Clemente VII. Na ocasião, morreram 147 dos 189 integrantes da Guarda. O grupo levou à morte 900 dos 1000 invasores.
O perfil dos guardas
Para fazer parte da Guarda Suíça, é preciso ser católico, com reputação social impecável, diploma profissional ou de ensino médio completo, ter idade entre 18 e 30 anos e altura mínima de 1,74m. Os guardas devem ter prestado serviço militar no exército suíço e não ter antecedentes criminais. Em geral, o tempo de serviço de um membro da Guarda Suíça é normalmente de dois anos, mas pode ser renovado até o máximo de vinte.
Uniforme
O incônico uniforme dos guardas suíços é confeccionado em cetim nas cores azul royal, amarelo e vermelho. A Guarda Suíça não utiliza botas. Em seu lugar, são usadas meias na mesma estampa da calça e que chegam quase aos joelhos, às vezes cobertas por polainas. O uniforme foi desenhado por Jules Répond, que foi comandante do grupamento entre 1910 e 1921. Ele se baseou em um modelo atribuído a Michelangelo e que teria sido esboçado por volta de 1505. Assim, o traje da Guarda Suíça é considerado um dos uniformes militares mais antigos do mundo.
Bandeira
A bandeira da Guarda Suíça contém o emblema pessoal do papa. Por isso, essa é a única corporação no mundo cuja bandeira muda a cada troca de chefe de estado.