Quando rezamos a oração do Credo, professamos nossa crença na “comunhão dos santos”. Mas você sabe a que exatamente se refere esse termo?
Segundo o Catecismo da Igreja Católica, a comunhão dos santos é precisamente a Igreja, pois que é a Igreja senão a assembleia de todos os santos? (§ 946).
Quando falamos em santos, pensamos naquelas pessoas que foram canonizadas, mas o sentido aqui é bem mais amplo. O Catecismo refere-se a todos os fiéis batizados, todos os homens e mulheres que são chamados à santidade e que foram libertados do pecado pelo Batismo. Desta forma, a “comunhão dos santos” se refere à nossa união como irmãos na Igreja, pessoas que dividem a fé em assembleia.
Ainda diz o CIC: “Uma vez que todos os crentes formam um só corpo, o bem duns é comunicado aos outros […]. E assim, deve-se acreditar que existe uma comunhão de bens na Igreja. […] Mas o membro mais importante é Cristo, que é a Cabeça […]. Assim, o bem de Cristo é comunicado a todos os membros, comunicação que se faz através dos sacramentos da Igreja” (§ 947)
São Tomás de Aquino, doutor da Igreja, fazia uma analogia semelhante. De acordo com o teólogo, a Igreja funciona como o corpo natural: a atividade de um membro está atrelada ao funcionamento de todo o corpo. Assim, como os fiéis compõem um único corpo espiritual, o bem de um afeta o outro.
Além disso, a expressão “comunhão dos santos” está relacionada à “comunhão nas coisas santas”. “Os fiéis (sancti) são alimentados pelo Corpo e Sangue de Cristo (sancta), para crescerem na comunhão do Espírito Santo (Koinônia) e a comunicarem ao mundo”, explica o Catecismo da Igreja Católica (§ 948).