Nas seis aparições aos pastorinhos em Fátima em 1917, Nossa Senhora pediu que eles rezassem o terço diariamente.
“Rezem o terço todos os dias, para alcançarem a paz para o mundo e o fim da guerra.” maio de 1917
“Quero que venhais aqui no dia 13 do mês que vem, que rezeis o terço todos os dias e que aprendam a ler. Depois direi o que quero.” junho de 1917
“Quero que venham aqui no dia 13 do mês que vem, que continuem a rezar o terço todos os dias, em honra de Nossa Senhora do Rosário, para obter a paz do mundo e o fim da guerra, porque só Ela lhes poderá valer.” julho de 1917
“Quero que continueis a ir à Cova de Iria no dia 13, que continueis a rezar o terço todos os dias. No último mês, farei o milagre, para que todos acreditem.” agosto de 1917
“Continuem a rezar o terço, para alcançarem o fim da guerra.” setembro de 1917
“Quero dizer-te que façam aqui uma capela em Minha honra, que sou a Senhora do Rosário, que continuem sempre a rezar o terço todos os dias.” outubro de 1917
Não foi à toa. Nossa Senhora, como Mãe de Deus e partícipe da Salvação, sabe do poder da oração. Quando ela abre as mãos e a luz que delas sai toca o peito dos pastorinhos, ela infunde neles uma consciência profunda do valor do sagrado. A experiência do divino, de estar com a Virgem Santíssima, deu a Jacinta, Lúcia e Francisco uma percepção muito mais intensa e vívida daquilo que a oração é capaz, deste impulso vital que nos direciona ao Senhor e nos faz querer estar com Ele e senti-Lo.
A Bíblia – tanto no antigo quanto no novo testamento – está repleta de menções ao poder da oração. O próprio Jesus disse: “Em verdade vos declaro que, se tiverdes fé e não hesitardes, não só fareis o que foi feito a esta figueira, mas ainda se disserdes a esta montanha: Levanta-te daí e atira-te ao mar, isso se fará…Tudo o que pedirdes com fé na oração, vós o alcançareis” (Mt 21, 21-22).
Nossa Senhora nos apresenta o terço como uma potente ferramenta da fé. Um instrumento através do qual direcionamos nossas dores, nossas angústias, nossos desejos, nossa esperança. É um instrumento de libertação, que nos livra dos nossos medos e nos abre para a graça de Deus, regenerando a alma e fortalecendo o espírito. Quando rezamos com fé, com entrega verdadeira, Deus nos ouve.
O terço não é simplesmente um objeto, um cordão com contas frágil, nem é uma oração qualquer. É, sim, um caminho direto para estarmos mais próximos de Deus.