O amor, a serenidade e a ação

Na primeira carta que remeteu aos gregos da igreja primitiva em Coríntios, o apóstolo Paulo dizia: “O amor é paciente, o amor é bondoso. (…) Tudo desculpa, tudo crê, tudo espera, tudo suporta” (I Cor 13, 5-7). Mas será que isso significa que, mesmo diante de uma situação de injustiça ou de violência, mesmo quando vemos algo errado, devemos permanecer sempre de cabeça baixa, sem revidar ou discordar?

Nada disso! A Palavra de Deus nos conduz à bondade, mas não à passividade. Jesus disse: “eu sou manso e humilde de coração” (Mt 11, 29). Mas, em nenhum momento, ele se furtou de denunciar injustiças, falar pelos que não tinham voz, discordar ou ajudar os que precisavam. 

O que o exemplo de Cristo nos mostra é que devemos encarar as coisas com serenidade e usar essa tranquilidade para resolver os problemas. O amor, tão paciente, busca sempre o bem da própria pessoa e do outro. Esse amor, que tem como base o Espírito de Deus, não resolve as questões no grito. Ele ouve, dialoga, busca o caminho da comunhão.

Esse amor desculpa e perdoa, para promover a reconciliação. Ele espera o melhor momento para agir pelo bem comum, mas não se furta de trabalhar pela justiça e pelo correto. Ele suporta a dor e o sofrimento para converter isso em crescimento próprio e da comunidade.

Que todos nós possamos ser repletos desse amor bondoso!

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