O pequeno Francisco Marto, em toda a sua ingenuidade de criança, descobriu a beleza da adoração ao Santíssimo. Gostava de estar com “Jesus escondido”, como ele chamava a hóstia consagrada, para consolar Jesus, cujo coração está tão machucado pelos pecados da humanidade.
O amor do pastorinho pelo Santíssimo foi narrado pela prima Lúcia:
“Quando ia à escola, por vezes, ao chegar a Fátima, dizia-me:
– Olha: tu vai à escola. Eu fico aqui na igreja, junto de Jesus escondido. Não me vale a pena aprender a ler; daqui a pouco vou para o Céu. Quando voltares, vem por cá chamar-me.
O Santíssimo estava, então, à entrada da Igreja, do lado esquerdo. Metia-se entre a pia baptismal e o altar e aí o encontrava, quando voltava. (O Santíssimo estava aí por andar a Igreja em obras). Depois que adoeceu, dizia-me, às vezes, quando, a caminho da escola, passava por sua casa:
– Olha: vai à Igreja e dá muitas saudades minhas a Jesus escondido. Do que tenho mais pena é de não poder já ir a estar uns bocados com Jesus escondido” (Memórias da Irmã Lúcia, págs 155 e 156).
A adoração ao Santíssimo Sacramento é um dos pilares do carisma da Associação Tarde com Maria, junto com a participação na Santa Missa, a confissão, a oração do Terço, a devoção aos Santos Anjos, a oração pelo Papa, a oração pelas almas do purgatório, o sacrifício pela conversão dos pecadores e a formação e aprofundamento na espiritualidade mariana.
Muito longe de ser um ritual frio ou desimportante, é uma preciosa oportunidade de estar a sós com Jesus, meditando sobre o Seu sofrimento e sentindo o Seu amor sem limites por nós. Ao refletir sobre Sua Paixão e morte na cruz, podemos entender o valor e a grandiosidade de sua missão salvífica. E contemplar Sua Ressurreição nos ensina quão imensa é a Sua misericórdia!
Por que você também não tira uns minutos, como Francisco fazia, para consolar Jesus escondido na hóstia consagrada? Um breve instante de silêncio para demonstrar que você também se importa com Ele.