Escolhas e sacrifícios

Na terceira aparição, em julho de 1917, Nossa Senhora pediu aos pastorinhos que se sacrificassem pelos pecadores, oferecendo em reparação dos pecados cometidos contra Seu Imaculado Coração e pela conversão dos pecadores. Em geral, quando pensamos em sacrifícios, costumamos pensar em coisas das quais não temos como escapar, como ficar preso em um engarrafamento na hora do rush ou aguentar a pirraça de um filho pequeno, ou em coisas difíceis e penosas, como subir uma escadaria de joelhos, jejuar por vários dias e fazer retiro de silêncio, por exemplo.

No entanto, os sacrifícios também podem derivar de escolhas positivas em prol de outras pessoas. Decisões que tomamos que, em vez de nos beneficiar diretamente, podem beneficiar irmãos e irmãs. Outro dia, eu conversava com um fiel que vem frequentemente ao Santuário. Ele disse que estava louco de vontade de comer um hambúrguer e pretendia fazê-lo ao sair da missa, mas só tinha trazido uns 20 reais na carteira e não estava com seu cartão de crédito. No caminho entre a sua casa e a Capelinha, encontrou um homem já idoso, cansado e aparentando fome. Em vez de comprar seu lanche, optou por doar aquele valor ao homem, oferecendo esta escolha pela salvação dos pecadores.

Os pequenos pastorinhos, muitas vezes, também ofereceram suas escolhas: “Combinámos, sempre que encontrássemos os tais pobrezinhos, dar-lhes a nossa merenda; e as pobres crianças, contentes com a nossa esmola, procuravam encontrar-nos e esperavam-nos pelo caminho. Logo que os víamos, a Jacinta corria e levar-lhes todo o nosso sustento desse dia, com tanta satisfação, como se não Ihe fizesse falta” (Memórias da Irmã Lúcia, pág 47).

Todos os dias, temos inúmeras oportunidades de ajudar os outros com nossas escolhas, de construir um mundo melhor através de pequenos sacrifícios. Precisamos apenas estar conscientes de nossas ações e comprometidos com a mensagem de Fátima. 

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