“Um amigo fiel é uma poderosa proteção: quem o achou, descobriu um tesouro.” (Eclo 6, 14). Amizades verdadeiras são presentes de Deus e têm em si um toque do divino, porque enchem nossas vidas de graça. Mas um amigo não se ganha da noite para o dia. É uma relação de confiança e parceria que leva meses, até anos, para ser erguida e consolidada. Mas como construir uma genuína amizade cristã?
1. Gratuidade
Para alcançar uma amizade verdadeira, pautada na fé e nos princípios cristãos, é preciso que a relação seja desinteressada, que um não se aproxime do outro por interesse ou esperando ter algum tipo de benefício, sem apresentar exigências. Devemos deixar de pensar em nós para colocar o amigo no centro, pensando no bem dele sobretudo.
2. Entrega
Toda amizade profunda pressupõe intimidade, que, por sua vez, requer entrega. Para abrir a alma, expondo não apenas suas qualidades mas também suas fraquezas, medos e defeitos, é preciso confiar. Só contamos nossos maiores segredos àqueles em quem verdadeiramente confiamos, que sabemos que não fará mal uso do nosso coração. Diante do amigo, não precisamos ter medo de sermos julgados.
3. Liberdade
O verdadeiro amigo não prende o outro. Todos são livres para gostarem de coisas diferentes, se relacionarem com pessoas diferentes, viverem vidas de formas diferentes. O amor – inclusive o fraterno – não aprisiona. Para nos sentirmos tranquilos em uma amizade, precisamos nos sentir livres.
4. Reciprocidade
Um relacionamento pressupõe duas partes. É como uma estrada de mão dupla. Ambos precisam estar envolvidos e compartilhar o desejo da fraternidade. São duas pessoas que caminham lado a lado, rumo a um destino comum.