Aprender a conviver com o luto

Perder alguém querido traz uma grande carga de sofrimento. Sentimos um enorme vazio, como se algo tivesse sido arrancado de dentro de nós, restando apenas uma dor que parece que jamais vai cessar. 

Entretanto, o processo de luto não é eterno. Ele tem a duração necessária para lidarmos com a perda, aceitá-la e nos recompormos para seguir em frente. E nessa caminhada, é importante estarmos conscientes de que não estamos sós. Nossos parentes e amigos e, sobretudo, Deus, estão junto de nós, compartilhando não apenas a dor, mas também o amor. 

Permita-se viver o luto

Após a perda de alguém muito próximo é natural termos vontade de chorar. Não se reprima. Sufocar as lágrimas pode prejudicar tanto o seu estado emocional quanto o físico. Também é compreensível que você sinta raiva ou revolta. No entanto, não se deixe “afogar” por esses sentimentos. Se perceber que está excessivamente triste por um período prolongado ou com emoções desordenadas, procure ajuda. Pode ser válido conversar com um amigo ou mesmo procurar um profissional, como um terapeuta. Lembre-se de que a oração é também um grande apoio, pois a proximidade com Deus é reconfortante.

Não se martirize

A ruptura provocada pela morte pode fazer com que algumas pessoas questionem a forma como lidavam com o parente que se foi: por que briguei tanto com ele? Por que não estive mais presente? Por que não fui mais carinhoso? Por que não o elogiei quando ele precisava? O que foi feito não pode ser desfeito, mas você não deve se sentir culpado. Reconcilie-se consigo mesmo, aceitando que você fez o que lhe pareceu mais correto naquele determinado momento. Perdoar-se também é importante no processo de luto.

Técnicas que podem ajudar

Externar os sentimentos e organizá-los pode ser um desafio em um momento tão doloroso. Existem algumas técnicas e hábitos que podem ajudar. Que tal rezar diariamente para o ente querido, expressando sua dor e também toda a sua admiração por ele? Outra ideia é colocar em um papel uma lista de características que você admirava naquela pessoa ou bons momentos que viveram juntos, para equilibrar o seu sofrimento com a alegria das lembranças. Também pode ajudar arrumar os objetos do falecido, guardando algumas lembranças e doando o restante, de forma que essas coisas possam ser úteis e ajudar outras pessoas.

Não se sinta culpado quando a alegria voltar

Com o tempo, a dor vai arrefecendo e, sem perceber, você experimentará pequenas alegrias. Quando isto acontecer, não se sinta culpado. Permita-se recomeçar. Saiba que o lugar ocupado pela pessoa querida não será ocupado por outra, mas que é possível viver novas experiências. 

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