“Um dia perguntaram-me se Nossa Senhora nos tinha mandado rezar por os pecadores. Eu respondi que não. Logo que pôde, enquanto interrogavam a Jacinta, [Francisco] chamou-me e disse-me:
– Tu agora mentiste. Como é que disseste que Nossa Senhora não nos mandou rezar por os pecadores? Então Ela não nos mandou rezar por os pecadores?!
– Por os pecadores, não. Mandou-nos rezar por a paz, para acabar a guerra. Por os pecadores, mandou-nos fazer sacrifícios.
– Ah! É verdade. Já estava a pensar que tinhas mentido” (Memórias da Irmã Lúcia, pág 145).
Vejam que bela a preocupação do Francisco em não mentir! Mesmo com tão pouca idade, o pequeno pastorinho era dotado de uma incrível sabedoria, animado por sua fé e pelo desejo ardente de consolar Nosso Senhor.
Francisco deve ser para nós uma fonte de inspiração. Num tempo em que a mentira é relativizada, em que “pequenas mentirinhas” são amplamente aceitas, lembrar da conduta do pastorinho joga luz sobre a maneira como devemos conduzir nossa vida.
Não importa o tamanho, a falsidade atenta contra os Mandamentos de Deus. Ela se alimenta do desejo de enganar o outro e é uma perigosa porta para o mal. Quem conta uma mentira pequena hoje corre o risco de amanhã contar uma maior e, daqui a algum tempo, estar enganando miseravelmente todos a seu redor.
Os bons hábitos são cultivados e caminham junto com as virtudes que devemos alimentar. Eles nos orientam para o bem e para o amor de Deus, mas precisamos estar sempre vigilantes para não nos desviarmos da trilha da Verdade libertadora!
Que possamos ser cada dia um pouco mais parecidos com Francisco!