Três milagres de São Bento

Hoje celebramos a memória de São Bento, cuja vida foi marcada por uma profunda espiritualidade e pela dedicação aos hábitos monásticos. De origem nobre, nasceu na Úmbria, região central da Itália, no ano 480 e cresceu no período da derrubada do Império Romano e da invasão daquela área pelos godos, um tempo de declínio e confusão política e social.

Para marcar a data, trazemos três milagres operados por este santo tão especial.

O vaso quebrado

Em Effide, São Bento realizou o seu primeiro milagre. Nessa região, em uma casa simples, ele adotou uma vida de oração e austeridade. Um dia, sua ama pediu uma vasilha de barro emprestada a um vizinho. Sem querer, deixou cair o vaso, que ficou estilhaçado. A moça, envergonhada com o acidente, desatou a chorar. Quando Bento chegou em casa, vendo a aflição de sua ama, recolheu os cacos, rezou e devolveu o vaso à jovem, como se ele jamais tivesse quebrado. A vasilha foi colocada na porta da igreja da aldeia para que todos vissem e sua fama de milagreiro espalhou-se rapidamente pela região.

São Plácido salvo da morte

Quando Bento já levava uma vida monástica, um menino chamado Plácido – que mais tarde viria também a tornar-se santo – acabou caindo no rio quando tentava recolher um pouco de água. São Bento estava dentro do Mosteiro, rezando, e soube do acidente com a criança através de uma visão. Ele então chamou um monge chamado Mauro e pediu que este acudisse o garoto. O Irmão respondeu que não sabia nadar, mas São Bento recomendou-lhe que confiasse em Deus. O monge seguiu as orientações de Bento e, andando sobre a água, resgatou o pequeno Plácido. Ao contar a história mais tarde, o menino relatou que, no lugar do Irmão Mauro, ele via a imagem do próprio São Bento.

Expulsão de demônios

Próximo ao mosteiro onde morava São Bento, havia uma grande pedra, que tinha servido de altar para sacrifícios a um deus pagão. Os monges tentavam retirar a pedra, mas a tarefa parecia impossível, pois ninguém era capaz de movê-la. Os religiosos então chamaram Bento, que notou que a pedra estava sendo contida por demônios. Por ordem do santo e diante do sinal da Cruz, os demônios fugiram e a pedra enfim pôde ser removida.

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