Tem gente que acha que, porque a criança ainda não tem sua fé consolidada ou porque não tem pecados, não precisa ser batizada logo, quando ainda é bebê. No entanto, pelos documentos da Igreja Católica, vemos que isso não procede. Vamos entender o porquê!
O sacramento
O Batismo é o primeiro dos sete sacramentos e é o fundamento de toda a vida cristã. Funciona como a porta de acesso aos demais sacramentos. O termo “batizar” tem origem grega e significa “mergulhar”. Simbolicamente, o batizando é mergulhado na água e sai dela limpo, pronto para ser uma nova criatura. Através do batismo, somos libertos de todos os pecados e nos tornamos filhos de Deus e membros da Igreja de Cristo.
O pecado
De fato, as crianças são puras e não possuem pecados. No entanto, todos nós nascemos com a mancha do pecado original, cometido por Adão no início dos tempos. O Catecismo da Igreja Católica nos diz: “Por nascerem com uma natureza humana decaída e manchada pelo pecado original, também as crianças precisam do novo nascimento no Batismo, a fim de serem libertadas do poder das trevas e transferidas para o domínio da liberdade dos filhos de Deus, para o qual todos os homens são chamados” (CIC § 1250). É pelo batismo que alcançamos a remissão do pecado original.
A iniciação
O Batismo é um dos três sacramentos de iniciação cristã, ou seja, de entrada na vida da Igreja. Ele nos permite fazer parte desta comunidade de fé, compartilhando com os outros a Vida Nova em Cristo. Através deste sacramento nos tornamos filhos e filhas de Deus e podemos colaborar com nossos irmãos e irmãs na construção do Reino do Pai.
A fé
De acordo com o Código de Direito Canônico, a função dos padrinhos de batismo é acompanhar o afilhado em sua formação cristã, auxiliando e conduzindo, de forma ativa, o afilhado em sua vida espiritual. Ou seja, a criança de fato não crê em Deus ao nascer, mas cabe aos padrinhos motivá-la a seguir os ensinamentos de Jesus, na construção e no fortalecimento da fé.
Da mesma forma como os pais não esperam os filhos crescerem para oferecer a eles educação e ensino, também não precisam esperar para batizá-los e permitir que sejam parte da Igreja!