O céu é uma escolha, não uma certeza

Já na segunda aparição, a 13 de junho de 1917, Nossa Senhora disse aos pastorinhos que eles iriam para o céu. Esclareceu que Francisco e Jacinta iriam primeiro e que Lúcia ficaria mais algum tempo, a fim de ajudar a consolidar a devoção dos homens ao Seu Imaculado Coração.

Mas, apesar da promessa, Lúcia nunca fraquejou em sua disposição de servir à Virgem Maria. Sabia que a proposta de Nossa Senhora não era um filme antecipado do futuro, mas uma possibilidade que dependia de sua própria escolha. A ela foi concedida liberdade de escolha: o céu estava reservado caso seguisse os passos da Mãe Santa: “Não desanimes. Eu nunca te deixarei. O meu Imaculado Coração será o teu refúgio e o caminho que te conduzirá até Deus” (Memórias da Irmã Lúcia, pág 175). Por isso, apesar das dificuldades e dos obstáculos, perseverou no amor à Maria.

Assim como Lúcia, nós também temos liberdade de escolher. O céu não era uma promessa somente aos pastorinhos. Também é um prêmio proposto a cada um de nós. Nossa Senhora não convocou apenas Lúcia, Jacinta e Francisco nesta cruzada. Nós somos chamados diariamente e somos livres para escolher atender ou não.

Embora Deus nos conheça por inteiro e saiba o que é melhor para cada um de nós, não limita nossas decisões. Caso nossa opção seja pelo pecado, Ele não nos impedirá. A Virgem nos mostra o caminho e a maneira de chegar ao Pai, mas não nos força a isso. Somos nós que escolhemos a estrada a seguir e como percorrê-la. 

A cada dia, a partir de nossas pequenas escolhas, nos tornamos mais próximos ou mais distantes de Deus e de Nossa Senhora. A perseverança na fé depende da oração, da força de vontade, das virtudes, do foco naquilo que é verdadeiramente importante. Não são os grandes gestos ou as grandes obras somente que garantirão o céu, mas o constante serviço aos irmãos, inspirado no divino.

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